segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O difícil caminho da revelação!

São as dores na jornada que nos fazem deixar de ser infantilizados


O difícil caminho da revelação!
Reflexões sobre I Timóteo parte II
I Tm 1.12-17

Não há dúvidas que o avanço do conhecimento a si próprio nos faz deparar com espelhos existenciais cada vez mais nítidos, e que se bem observados, são capazes de constranger até a alma do sujeito mais altivo.
A segunda seção de I Timóteo nos fala exatamente sobre isso, Paulo nos fala sobre o "Cristo que veio ao mundo para salvar pecadores" (vs. 15), e que esta verdade aplica-se a ele, pois ele é "o principal" dos pecadores, alvo perfeito da concessão da "misericórdia, para que nele fosse evidenciada a completa longanimidade" de Cristo, e assim ele pudesse "servir de modelo a quantos hão de crer nEle" (vs. 16).
Só se pode chegar a conclusão de ser o principal dos pecadores, após ter se deparado com o espelho da Verdade, antes disso, até os atos mais perversos como homicídio, blasfêmia e insolência, frutos da ignorância e incredulidade (vs. 13) fazem parte, de forma natural na vida de um ser que não obteve o transbordamento da graça (vs. 14).
O "x da questão" não é acreditar ou não em Cristo, não é seguir ou não o evangelho, mas é sim, se deparar com uma realidade que faça das nossas mais absolutas verdades e crenças apenas contos de história infantil.
As nossas crenças construídas no decorrer da nossa vida só podem ser atestada como verdades intocáveis no final da jornada como afirma Kierkegaard: "Não se louve nenhum homem como feliz enquanto ainda viver; enquanto ele viver, a boa sorte pode mudar-se, só quando ele tiver morrido, e a boa sorte não o tiver abandonado enquanto ele viveu, somente então se mostrará que ele foi feliz" (Obras do Amor, p. 48).
Ousadamente acrescentaria a fala do filósofo que, além da morte, uma experiência que transcende a "boa sorte" das nossas verdades temporais, pode nos levar a enxergar que o óbvio nem sempre é o correto, que o comum pode ser incomum e que sempre estivemos com os pés em cima dos arames farpados da nossa existência.

Só veremos os nossos pés machucados pelas farpas da vida se um dia Alguém ou Algo nos mostrar que há caminhos alternativos onde sempre haverá alguém para cuidar do machucado causado pela farta, todavia, os machucados sempre nos serviram sempre de lembrança da onde viemos a fim de podermos dar "honra e glória, pelos séculos dos séculos ao Rei eterno, imortal invisível mas real" (vs. 17).


domingo, 7 de fevereiro de 2016

A admoestação e o amor!



O peso da cruz nunca poderá ser 
maior que a leveza do amor


A admoestação e o amor!

Reflexão sobre I Tm 1.3-11

O versículo chave da passagem apresentada é o versículo 5, pois nele encontramos o norte do caminho a ser trilhado por Paulo.

A passagem expressa a preocupação de Paulo com eventuais problemas dogmáticos (vs. 7), morais e éticos (vs. 9-11) que se encontrava na Igreja da Macedônia, problemas estes também enfrentado pela Igreja contemporânea.
Para um descuidado, pode parecer que Paulo quer enfatizar quais problemas Timóteo deveria tomar o devido cuidado já que os cita nominalmente, supondo assim uma ênfase ao que deveria ser consertado, todavia, se retirarmos o versículo 5 da passagem, restará apenas dogmas e preceitos morais que sozinho nada agregam ao valor do evangelho.
Neste texto, a base para qualquer ação pastoral deve ser: o amor puro, consciente e cheio de fé.
Se conduzimos, ou somos conduzidos ou nos auto conduzimos a uma prática cristã sem o amor puro, consciente e cheio de fé, ainda que alcancemos uma vida sem discussões vãs, sem injustiça, com reverência, sem profanação e sendo puros e verdadeiros, nós seremos como perfumes baratos, que aparentemente são cheirosos, mas nas primeiras adversidades, se esvaem restando apenas o mal cheiro do suor.
A preocupação de Paulo não era simplesmente com a conduta desviada, mas também com a forma de ensino que Timóteo deveria desenvolver, uma admoestação consciente, carregada de amor e fé é capaz de conduzir a Igreja a uma verdade com raízes profundas o suficiente para não deixar que o primeiro sol mais quente seque todo bom aroma do perfume de Cristo.
Somente a admoestação entranhada de amor pode levar a alma a um lugar inacessível a legalidade do cumprimento das ordens, e uma vez a alma chegada a este lugar de confrontação de seus delitos, não restará alternativa a se render a graça do Amor e então converter-se dos seus maus caminhos.
A pregação da verdade leva o homem a alimentar suas psicoses, somente a admoestação em tom de amor pode conduzir o homem ao arrependimento.
Oração
Pai, obrigado por enviar a Jesus, aquele que ensinou tudo com verdadeiro amor.
Neste momento, quero pedir que o teu Espirito Santo, o Supremo Admoestador de nossa alma, pegue em minhas mãos e me conduza a verdade do evangelho, e quando eu, envergonhado pelo meus pecados, quiser me afastar da tua verdade, que o teu Espirito, possa me acolher com amor, me mostrando que há novas possibilidade para minha vida.
Que o Senhor me ajude a me conduzir, e conduzir o meu próximo com amor à tua verdade.
Amém.

Aprendei com a natureza

O ser humano pode estar até no ápice da pirâmide alimentar, mas certamente não é o primeiro da escala no quesito desenvolvimento.

O que você vê nessa foto?
Eu vejo uma praga urbana que me ensinando a se proteger das adversidades, eu vejo um ser irracional que instintivamente soube se proteger de um temporal, vejo um ser impensante olhando para o lado oposto da chuva a fim de proteger seus olhos, vejo um ser tão pequeno se posicionando em cima de uma folha de tal forma que dificilmente perderá o equilíbrio.
E nós, seres humanos, "suprassumo da criação" muitas vezes nos desestabilizamos de tal forma na primeira tempestade que não conseguimos nos proteger, não achamos lugar para nos acolher e no final de tudo, somos derrubado de tal forma que as vezes é impossível se levantar novamente.

Aprendei com a natureza, que mesmo sem pensar, age da forma mais digna e responsável que nós, seres pretensamente pesante.










sábado, 6 de fevereiro de 2016

Sua liberdade será determinada pelas suas escolhas!

Retirado de: http://www.genizahvirtual.com/2016/01/desviado.html

O momento que vivo não me traz sobriedade para discutir as idéias de acaso e destino, tampouco para falar sobre a liberdade, todavia, o título da postagem juntamente com a foto expressa acima nos da, independentemente dos tópicos acima mencionado, a condição sine ne qua non dos resultados de nossas escolhas.
Independente da teoria (destino ou acaso) que você adote como principio de vivência para sua rotina, o fato de você colher o que você plantou é, e deve ser, mais importante do lugar que você fala, seja um religioso falando do Governo Divino ou um ateu falando do Ponto de Mutação do Fritjot Capra.
Na verdade não são as escolhas que te fazem viver dentro do quadrado, ser livre ou prisioneiro de algo, o que realmente diz se você é livre são os frutos que você colhe da sua escolha.
Ora, um criminoso ao cometer o crime, pretensamente pode acreditar que tem liberdade para cometer tal ato, todavia, o que ele colherá será o seu aprisionamento atrás das grades, e aí sim podemos ver se ele desfrutará de sua existência como um homem livre.
Se uma decisão que é tomada em segundos pode mudar uma realidade que durará anos, em qual lugar devemos colocar as nossas premissas, desejos e projetos? 
Inverter a lógica e colocar o conceito de liberdade não nas escolhas e sim nas consequências nos leva a ver o modo simplista de vida que vivemos.
As tomadas de decisões devem ser aprisionada por conceitos como ética, moral, responsabilidade, continuidade entre outros, e portanto não tenho liberdade de escolha, mas sim de consequências.
Não devemos desejar a liberdade na escolha, mas sim a liberdade nas consequências.